sábado, 13 de agosto de 2011

Resumo do Caderno de Atenção Básica 25 - Doenças Respiratórias Crônicas : Parte1


             Estava estudando esse caderno de atenção básica e fazendo um fichamento... resolvi postar aqui, quem quiser dar uma revisada, ou mesmo usar para algum treinamento ou atualização, ótimo!!!


Segue a primeira parte:

      “A Atenção Primária é o primeiro contato dos usuários com o sistema de saúde, portanto, deve estar apta a manejar os problemas de maior frequência e relevância presentes na comunidade.
       As atividades dos profissionais das equipes da Atenção Primária/Saúde da Família devem ser desenvolvidas tendo como princípios o acesso universal e a integralidade do cuidado, conforme as necessidades de saúde da população atendida.”

        “O manejo dos casos leves e moderados de rinite, asma e DPOC deve ser realizado pelas equipes da Atenção Primária, que, por atuarem de forma próxima das famílias, conseguem adesão ao tratamento, permitindo maior controle dos sintomas, com consequente diminuição do número de internações hospitalares e aumento na qualidade de vida. É necessário, portanto, que os profissionais das equipes da Sáude da Família estejam preparados para lidar com esses agravos, para que possam ofertar o melhor tratamento às pessoas que têm doença respiratória crônica.”

        “Doenças respiratórias crônicas (DRC) representam um dos maiores problemas de saúde mundialmente. Estão aumentando em prevalência particularmente entre as crianças e os idosos. Afetam a qualidade de vida e podem provocar incapacidade dos indivíduos afetados, causando grande impacto econômico e social. As limitações físicas, emocionais e intelectuais que surgem com a doença, com consequências na vida do paciente e de sua família, geram sofrimento humano”

        “A rinite pode ser considerada a doença de maior prevalência entre as DRCs e problema global de saúde pública, acometendo cerca de 20 a 25% da população em geral. Está entre as dez razões mais frequentes de atendimento em Atenção Primária em Saúde.”

         “O Brasil ocupa a oitava posição mundial em prevalência de asma, está no grupo de países com as maiores taxas mundiais de prevalência, tanto em asma como em rinite.”

        “A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) foi responsável por 170 mil admissões no SUS em 2008, com permanência média de 6 dias. A Região Sul do Brasil apresenta a maior taxa de internações, provavelmente por conta das temperaturas mais baixas. O número de óbitos por DPOC variou em torno de 33.000 mortes anuais de 2000 a 2005. A DPOC encontra-se entre a quinta e a sexta das principais causas de morte no Brasil. O custo estimado por paciente por ano com DPOC é de US$ 1.522,00, quase 3 vezes o custo per capita da asma.”

        “Fatores de risco preveníveis para DRCs: tabagismo, poluição ambiental, alérgenos, agentes ocupacionais e algumas doenças como esquistossomose e doença falciforme. Além disso: bronquiolite, tuberculose.”

          “Faz-se necessária a organização de uma rede de atenção que atenda as pessoas com DRC com maior ênfase na atenção primária, incluindo ações de promoção da saúde e prevenção primária e secundária.”

         “Sintomático respiratório é o indivíduo que apresenta tosse, associada ou não a outra alteração respiratória, por algumas semanas. Esse conceito se aplica a adolescentes e adultos. Recomenda-se a realização de baciloscopia direta do escarro para confirmar ou excluir tuberculose pulmonar nas pessoas que tossem por mais de 3 semanas, se não têm justificativa clara para o sintoma. Nas crianças, para as quais não há consenso sobre a definição de sintomático respiratório, a presença de tosse por três meses e/ou sibilância (uma semana/mês) e/ou com radiografia de tórax com alteração persistente é sugestiva de DRC.”

         “Define-se como tosse persistente a presença desse sintoma por, pelo menos, 3 semanas. Suas principais causas são rinussinusopatias (rinites e sinusites), asma e refluxo gastroesofágico.”

          “Diante de paciente com tosse crônica, a anamnese e o exame físico podem auxiliar na formulação do diagnóstico diferencial. Na população pediátrica, a etiologia varia com a faixa etária. Entre os lactentes predominam as infecções, anomalias congênitas e fibrose cística; nos pré-escolares, as infecções, asma, rinossinusite, corpo estranho e tabagismo passivo; entre os escolares e adolescentes, a rinossinusite, asma, processos infecciosos e tosse irritativa secundária ao tabagismo (ativo ou passivo) e poluição ambiental.”

           “Em pessoas acima de 40 anos, a tosse pode estar associada a DPOC ou carcinoma brônquico. Indagar sobre antecedentes atópicos, tabagismo ativo ou passivo, exposição ocupacional. Quando de caráter progressivamente mais intenso e persistente, pode sugerir carcinoma brônquico. Tosse durante exercícios físicos, sobretudo se acompanhada por dispneia, pode significar a presença de broncoespasmo induzido pela atividade física.”

         “Qualquer expectoração deve ser considerada como achado clínico anormal, a despeito da benignidade da maioria dos casos.”



continua...........

Abraços!!

Ana Cristina Castro

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